Processo de seleção e Inserção das Mulheres Através do Diálogo e Comprometimento – Fase 3.

Em meio às vastas extensões de terras que compõem o coração agrícola de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, um movimento transformador vem tomando forma, desafiando as tradições e redefinindo o papel das mulheres no agronegócio. O “Projeto Elas na Fazenda”, iniciativa pioneira da Agroo Gente, nasceu da percepção aguçada de uma oportunidade única: unir forças para enfrentar o escasseamento da mão de obra no campo, ao mesmo tempo em que se valoriza e empodera as mulheres que vivem nas fazendas, mas que, até então, permaneciam à margem das atividades operacionais.

Desde o seu lançamento, o projeto vem desbravando caminhos inéditos, promovendo encontros, palestras motivacionais e pesquisas para entender melhor as aspirações, habilidades e potenciais dessas mulheres. A resposta foi um eco retumbante de interesse e entusiasmo, com 82% das participantes expressando um desejo ardente de contribuir, de serem vistas e reconhecidas por suas capacidades.

Agora, à medida que o projeto avança, nos deparamos com um marco crucial: a terceira etapa, que abrange o processo seletivo das mulheres corajosas que darão o primeiro passo rumo a uma nova realidade nas fazendas, e a reunião de alinhamento, um momento de união, esclarecimento e comprometimento coletivo. Esta fase não é apenas sobre selecionar quem vai participar; é sobre tecer uma rede de suporte, entendimento e respeito mútuo entre todos os envolvidos – trabalhadores, famílias e a liderança das fazendas.

O anúncio desta etapa é um convite para testemunhar a materialização de um sonho, um testemunho do poder da comunidade quando unida por um propósito comum. É a história de como a inclusão pode ser uma ponte para um futuro mais justo e próspero, onde cada membro da comunidade agrícola tem a oportunidade de contribuir, aprender e crescer. Juntos, estamos não apenas semeando as sementes da mudança, mas cultivando um legado de igualdade, respeito e empoderamento feminino no coração do agronegócio brasileiro.

1. O Processo Seletivo: Escolhendo as Pioneiras.

O “Projeto Elas na Fazenda” iniciou seu processo seletivo não com complexas avaliações ou longos questionários, mas com um critério singularmente prático e inclusivo: a disponibilidade imediata para começar. Esta abordagem direta não apenas simplificou o processo, mas também abriu portas para aquelas mulheres cuja determinação já as colocava um passo à frente, prontas para arregaçar as mangas e iniciar uma jornada transformadora.

A decisão de priorizar a prontidão não foi trivial. Ela refletiu um entendimento profundo das realidades da vida rural, onde a estação não espera e o trabalho não pode ser adiado. Neste contexto, a disponibilidade para começar imediatamente tornou-se um símbolo de comprometimento e resiliência, qualidades essenciais para enfrentar os desafios do campo.

Sete mulheres emergiram como as pioneiras deste projeto visionário. Cada uma, com sua própria história de vida, pronta para tecer novos sonhos na tapeçaria verdejante das fazendas. Este número não era apenas uma métrica de sucesso, mas um testemunho da sede de mudança, da vontade de crescer e da coragem de enfrentar novos desafios.

Para essas mulheres, a seleção foi mais do que uma oportunidade de emprego; foi um convite para serem protagonistas de suas próprias vidas, para quebrarem barreiras e para mostrarem que, no coração da agricultura, há espaço para a força feminina florescer. Para o projeto, cada mulher selecionada representava um passo em direção à realização de um objetivo maior: transformar não apenas a paisagem das fazendas, mas também as percepções sobre quem pode ser um agente de mudança no agronegócio.

A escolha dessas pioneiras simbolizou o início de uma nova era na agricultura de Uruguaiana, marcada pela inclusão, diversidade e igualdade. Com mãos firmes e corações cheios de esperança, estas mulheres estavam prontas para cultivar não apenas as terras que as cercavam, mas também um futuro onde cada mulher tem a oportunidade de crescer, contribuir e prosperar. O “Projeto Elas na Fazenda” estava apenas começando, mas o impacto de sua jornada já prometia ser tão duradouro quanto as raízes das árvores centenárias que testemunham a transformação dessas terras.

2. Reunião de Alinhamento: Unindo Forças.

Em um espaço adaptado para conferências, marcava-se mais uma fase do “Projeto Elas na Fazenda”. Este encontro tinha como objetivo principal estabelecer uma base sólida para a colaboração e o comprometimento mútuo, essenciais para o sucesso do projeto.

O foco da reunião de alinhamento era apresentar de forma clara e objetiva os objetivos do projeto. Estes incluíam o aumento da participação feminina nas operações das fazendas, com um olhar especial para a quebra de estereótipos de gênero e a promoção da igualdade no ambiente agrícola. O encontro visava, portanto, não apenas a transmissão de informações, mas também a criação de um espaço para diálogo aberto, onde as expectativas e preocupações das participantes pudessem ser expressas e discutidas.

A agenda da reunião previa uma explanação detalhada sobre a estrutura operacional do projeto, incluindo os tipos de treinamentos a serem oferecidos, as oportunidades de emprego disponíveis e os mecanismos de suporte e desenvolvimento profissional previstos para as participantes. Além disso, seria abordada a gestão de desafios antecipados, com ênfase na importância da colaboração e do suporte mútuo para a superação de obstáculos.

Este encontro de alinhamento era essencial para garantir que todas as participantes compartilhassem uma compreensão comum dos objetivos, estratégias e expectativas relacionadas ao “Projeto Elas na Fazenda”. A intenção era fortalecer o senso de comunidade e comprometimento coletivo, estabelecendo uma fundação sólida para as ações futuras e o sucesso do projeto.

3. Apresentação e Apoio.

Em um movimento estratégico e simbólico, as mulheres selecionadas para participar do “Projeto Elas na Fazenda” foram apresentadas às suas novas equipes e famílias em um evento meticulosamente planejado. Este não era apenas um ritual de boas-vindas; era um ato de integração e reconhecimento, projetado para solidificar o compromisso da empresa com a diversidade e a inclusão no ambiente de trabalho.

A cerimônia de apresentação foi cuidadosamente orquestrada para destacar cada mulher, não apenas como uma nova integrante da equipe, mas como um símbolo de mudança e progresso dentro do setor agrícola. Este momento serviu para humanizar o projeto, transformando-o de uma iniciativa abstrata em uma jornada coletiva de crescimento e desenvolvimento.

A importância do apoio da direção da empresa e da liderança operacional não pode ser subestimada. Desde o início, o “Projeto Elas na Fazenda” foi concebido como uma colaboração entre diferentes níveis da organização, reconhecendo que o sucesso sustentável depende do comprometimento de todos. A direção da empresa demonstrou seu apoio não apenas em palavras, mas em ações concretas, como a alocação de recursos, a adaptação de políticas e a participação ativa em eventos relacionados ao projeto.

A liderança operacional, por sua vez, desempenhou um papel crucial na implementação diária do projeto. Eles atuaram como mentores, defensores e aliados das mulheres no projeto, garantindo que a integração fosse não apenas suave, mas também enriquecedora. Através de treinamentos específicos, reuniões regulares de feedback e um canal aberto de comunicação, a liderança operacional assegurou que as participantes se sentissem valorizadas e apoiadas em cada etapa de sua jornada.

Este nível de apoio multifacetado criou um ambiente onde o “Projeto Elas na Fazenda” poderia florescer, transformando não apenas as vidas das mulheres envolvidas, mas também a cultura organizacional das fazendas. A apresentação das mulheres às suas equipes e famílias, seguida pelo apoio inabalável da direção e liderança, estabeleceu um precedente poderoso, demonstrando que a inclusão e a diversidade são não apenas ideais a serem aspirados, mas valores fundamentais a serem vivenciados e celebrados no dia a dia.

4. Princípios Fundamentais.

No coração do “Projeto Elas na Fazenda”, pulsavam dois princípios inegociáveis: igualdade e respeito. Estes valores não eram meramente retóricos, mas a espinha dorsal de uma nova cultura que se desejava cultivar nas fazendas participantes. A implementação desses princípios fundamentais era a prova de que a mudança não apenas era possível, mas já estava em curso.

A igualdade era vista não como um ideal distante, mas como uma prática diária. Isso significava garantir que todas as mulheres no projeto tivessem acesso às mesmas oportunidades de treinamento, desenvolvimento e progressão profissional que seus colegas masculinos. Mas ia além: buscava-se criar um ambiente onde suas vozes fossem ouvidas e valorizadas igualmente, onde suas contribuições fossem reconhecidas e celebradas. A igualdade, neste contexto, era tanto um ponto de partida quanto um objetivo a ser alcançado.

O respeito, por sua vez, era a linguagem universal dentro do projeto. Ele permeava todas as interações, garantindo que cada indivíduo fosse tratado com dignidade e consideração. O respeito era a base sobre a qual se construíam relações de trabalho positivas e produtivas, criando um ambiente onde todos se sentiam seguros e valorizados.

A política de tolerância zero a qualquer forma de assédio era a manifestação concreta desses valores. Esta política não era apenas um conjunto de regras a serem seguidas, mas um compromisso coletivo com a criação de um ambiente de trabalho seguro e acolhedor para todos. O assédio, seja ele moral, sexual ou de qualquer outra natureza, era incompatível com os valores do projeto e, como tal, enfrentado com a máxima seriedade. Medidas preventivas e canais de denúncia claros foram estabelecidos, garantindo que qualquer queixa fosse tratada de maneira rápida e eficaz, com o devido respeito pela confidencialidade e pela integridade das partes envolvidas.

Esses princípios fundamentais não eram apenas diretrizes para a condução do projeto, mas também um convite à reflexão e à mudança. Eles desafiavam cada membro da comunidade das fazendas a olhar além das convenções, a questionar as desigualdades e a trabalhar juntos por um ambiente de trabalho mais justo e equitativo. O “Projeto Elas na Fazenda” era, em sua essência, um projeto de transformação – não apenas das práticas de trabalho, mas dos corações e mentes daqueles que nele participavam.

5. Cultura em Transição.

Em meio às terras férteis e aos horizontes vastos que caracterizam as fazendas participantes do “Projeto Elas na Fazenda”, uma transformação cultural profunda começou a tomar forma, tão vital e revigorante quanto as primeiras chuvas da estação. Esta transformação não se tratava apenas de alterar procedimentos ou introduzir novas políticas; era uma mudança no próprio tecido das empresas, uma redefinição de valores e atitudes que prometia renovar o agronegócio de dentro para fora.

A Necessidade de Mudança: A necessidade de uma mudança de cultura dentro das empresas agrícolas não era um capricho, mas uma resposta urgente a um mundo em constante evolução. O reconhecimento de que a diversidade e a inclusão são fundamentais para o sucesso e a sustentabilidade a longo prazo impulsionou o “Projeto Elas na Fazenda”. Este projeto não apenas vislumbrava um futuro onde mulheres e homens trabalhassem lado a lado em igualdade, mas também buscava criar um ambiente onde todos se sentissem valorizados, respeitados e capazes de contribuir com o seu melhor.

Facilitando a Transição: Facilitar essa transição cultural era uma tarefa complexa, que exigia sensibilidade, paciência e determinação. O projeto adotou uma abordagem multifacetada, começando pela educação e sensibilização. Workshops, palestras e sessões de treinamento foram organizados para desmantelar preconceitos, esclarecer dúvidas e construir uma compreensão comum dos benefícios da diversidade e inclusão.

Uma Cultura de Abertura e Respeito: O objetivo era cultivar uma cultura de abertura, onde a diversidade fosse vista como uma força e não como uma ameaça. Uma cultura que incentivasse a curiosidade, a aprendizagem contínua e a colaboração. Uma cultura onde o respeito mútuo fosse a norma, e onde cada pessoa, independentemente do gênero, pudesse aspirar a alcançar o seu potencial pleno.

O “Projeto Elas na Fazenda” mostrou que a transição para uma cultura mais inclusiva e diversificada não é apenas desejável, mas essencial. Essa mudança cultural é um investimento no futuro, um passo em direção a um agronegócio mais justo, sustentável e próspero. E, enquanto as sementes dessa transformação continuam a germinar e crescer, o projeto permanece como um farol de esperança e um testemunho do poder da mudança consciente e coletiva.

6. Diálogo Aberto.

Dúvidas e Sugestões: As reuniões se tornaram um fórum vibrante de troca de ideias, onde dúvidas e sugestões fluem livremente. Uma dúvida recorrente diz respeito à capacitação: “Como garantir que todas tenham acesso às mesmas oportunidades de treinamento?” A resposta vem na forma de programas de mentorias personalizados, que reconhecem e valorizam as habilidades individuais, promovendo um desenvolvimento que é tanto coletivo quanto pessoal.

Outra questão levantada aborda a conciliação entre trabalho e vida familiar, um desafio especialmente sensível para as mulheres. A solução proposta: a implementação de horários flexíveis, elas começaram a trabalhar 4h diárias para se adaptar, adaptar seus filhos e família.

Abordando as Dúvidas e Sugestões: Cada dúvida e sugestão é acolhida com gratidão, pois representa uma oportunidade de crescimento, um passo em direção a um futuro mais inclusivo e harmonioso. As respostas não são dadas apenas em palavras, mas em ações concretas, em mudanças políticas, em ajustes nos processos e, o mais importante, na contínua evolução da cultura empresarial.

O “Projeto Elas na Fazenda” compreende que o diálogo aberto não é apenas um meio de resolver problemas, mas uma forma de construir comunidade, de tecer uma rede de suporte e compreensão mútua. É através dessas conversas que as barreiras são derrubadas, que os preconceitos são confrontados e que a verdadeira mudança começa a tomar forma.

O “Projeto Elas na Fazenda” segue adiante, guiado pela luz dessas conversas, pelo compromisso com a inclusão e pela convicção de que, juntos, podem criar um futuro onde todos têm voz, todos têm vez, e todos prosperam.

À medida que as páginas deste capítulo do “Projeto Elas na Fazenda” se fecham, uma pausa para reflexão se faz necessária, não apenas para contemplar o caminho percorrido, mas para vislumbrar os horizontes que ainda nos aguardam. Esta etapa do projeto, marcada por descobertas, desafios e triunfos, não é apenas um marco na trajetória das fazendas envolvidas; é um farol de esperança e um testemunho do poder transformador da inclusão e da diversidade.

O Significado Desta Etapa: Este momento representa mais do que um conjunto de ações bem-sucedidas; ele reflete uma mudança profunda na essência da comunidade das fazendas. As mulheres, outrora sombras nas margens da vida agrícola, agora se erguem como protagonistas de suas próprias histórias, contribuindo não apenas para a economia das fazendas, mas para a construção de um ambiente mais justo, equitativo e rico em oportunidades para todos. A comunidade, em resposta, começa a se ver não como um mosaico de indivíduos isolados, mas como uma tapeçaria vibrante, tecido com fios de múltiplas cores, texturas e forças.

Compromisso com a Inclusão e a Diversidade: O “Projeto Elas na Fazenda” reitera, com cada passo dado, seu compromisso inabalável com a promoção da inclusão e da diversidade. Este compromisso vai além das palavras; ele se manifesta nas políticas adotadas, nas práticas diárias e, mais importante, na abertura para ouvir, aprender e crescer juntos. A inclusão, aqui, não é vista como um destino final, mas como uma jornada contínua, um caminho que se desdobra à medida que avançamos, revelando novas paisagens de possibilidades.

Transformação Positiva: A transformação testemunhada nas fazendas piloto do projeto é um microcosmo do que é possível quando corações e mentes se abrem para o novo, para o diferente. Esta transformação não se limita às fronteiras das fazendas; ela irradia, influenciando comunidades vizinhas, inspirando outras empresas e, quem sabe, semeando as bases para uma mudança mais ampla na sociedade. A mensagem é clara: a inclusão e a diversidade não são apenas ideais nobres; são forças catalisadoras de crescimento, inovação e resiliência.

Olhando para o Futuro: Enquanto olhamos para o futuro, fazemo-lo não com uma sensação de conclusão, mas com a antecipação do que ainda está por vir. Cada mulher empoderada, cada diálogo aberto, cada barreira derrubada nos aproxima de um mundo onde a igualdade não é apenas um sonho, mas uma realidade vivida. O “Projeto Elas na Fazenda” segue adiante, não apenas como um projeto, mas como um movimento, uma chama que ilumina o caminho para todos aqueles que acreditam em um futuro mais inclusivo e diversificado.

Em suma, esta etapa do projeto não é apenas um capítulo concluído; é a promessa de muitos outros que ainda serão escritos. Juntos, continuamos a tecer esta tapeçaria de mudança, enriquecida pela diversidade, fortalecida pela inclusão e inspirado pela convicção de que, mesmo nas terras mais áridas, a transformação é possível e a esperança floresce.

Agradecimentos.

Às empresas pioneiras de Uruguaiana, que abriram suas portas e seus corações para este projeto, oferecendo mais do que terra para semear; ofereceram esperança e a promessa de um futuro mais inclusivo. Sua visão e coragem são os alicerces sobre os quais construímos este sonho.

Às mulheres valentes e resilientes selecionadas para o projeto, cujas histórias de vida são a verdadeira essência desta iniciativa. Cada uma de vocês é uma semente de mudança, uma inspiração que transcende as fronteiras das fazendas, ecoando em comunidades e corações por todo o país. Sua coragem em erguer a mão e reivindicar seu espaço é um ato revolucionário de fé em si mesmas e no futuro.

Às equipes e famílias das fazendas, cujo apoio incondicional e trabalho árduo fornecem o solo fértil para que este projeto cresça e prospere. Sua abertura para abraçar a mudança e adaptar-se a novas dinâmicas é um testemunho do poder do espírito comunitário e da solidariedade.

E a todos que, de alguma forma, contribuíram para esta etapa do projeto, seja com um gesto de encorajamento, uma palavra de conselho ou um ato de bondade. Cada contribuição, por menor que seja, é um fio precioso tecido no tecido deste projeto.

Convidamos todos a se juntarem a nós nesta jornada, seja compartilhando esta história, apoiando iniciativas semelhantes em suas próprias comunidades ou simplesmente abrindo seus corações e mentes para a mudança. Juntos, podemos cultivar um futuro onde a inclusão e a diversidade não sejam apenas palavras, mas a realidade vivida por todos.

Com gratidão e esperança, avançamos, sabendo que cada passo que damos é um passo em direção a um mundo mais justo, equitativo e florescente. Obrigado por fazer parte desta jornada.